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Os primeiros guias de viagem do Rio: como nasceu a “Cidade Maravilhosa” para o mundo

Por Rodrigo Pontes

Bondinho do Pão de Açúcar, símbolo turístico do Rio de Janeiro
Bondinho do Pão de Açúcar — um cartão-postal que atravessou gerações nos guias de viagem do Rio.

Antes do Google Maps, TripAdvisor e influencers de viagem, existiam os guias turísticos impressos. Eles eram a “internet de bolso” do viajante. E adivinha só? O Rio de Janeiro, já no século XIX, brilhava nas páginas desses livros como uma das cidades mais fascinantes do planeta.

Não era só o Pão de Açúcar que chamava atenção — era o conjunto da obra: as praias, o povo, a cultura e até os contrastes sociais, que sempre renderam assunto. Mas como será que esses primeiros guias mostravam a “Cidade Maravilhosa” para o mundo? É aí que a história fica boa!

O Rio nos olhos dos estrangeiros

Muitos dos primeiros guias foram escritos por viajantes europeus. Eles chegavam com aquele olhar curioso de quem quer registrar cada detalhe — do exotismo da floresta até o charme das construções coloniais. Se hoje a gente posta uma foto no Instagram com #vemproRio, naquela época a “postagem” vinha em páginas com gravuras e descrições detalhadas.

Hotel na Floresta da Tijuca no século XIX
Um dos primeiros hotéis da Floresta da Tijuca — símbolo da hospitalidade carioca no século XIX.

Já pensou em se hospedar no meio da Floresta da Tijuca no século XIX? Pois é, isso era oferecido como atração aos visitantes. Esses hotéis eram descritos nos guias como refúgios bucólicos, quase como se o turista pudesse “pausar a vida” para viver um romance tropical.

“A cidade é ao mesmo tempo selvagem e civilizada, um espetáculo para olhos estrangeiros.”
— Trecho de guia europeu do século XIX

Tradições e curiosidades que marcavam presença

Os guias não falavam apenas dos monumentos. Eles registravam costumes locais, festas, sons e até cheiros que compunham a identidade carioca. O toque do berrante, por exemplo, era uma imagem poderosa que simbolizava tanto a vida rural quanto a aproximação cultural de diferentes regiões.

Berrante usado no Rio no século XIX
O som do berrante — símbolo cultural registrado nos primeiros guias do Rio.

Imagine o turista europeu, acostumado ao silêncio dos Alpes, ouvindo o eco de um berrante no meio da paisagem carioca. Para eles, aquilo era quase uma experiência mística, digna de nota em qualquer manual de viagem.

Esses guias foram muito mais que simples manuais de viagem. Eles ajudaram a construir a imagem do Rio como Cidade Maravilhosa, criando expectativas, sonhos e até lendas que atravessaram gerações.

Hoje, com a internet, seguimos contando histórias — só que em velocidade digital. Mas no fundo, a essência é a mesma: mostrar ao mundo que o Rio é único, vibrante e inesquecível.

Que tal continuar essa viagem histórica com a gente? Acesse nossa página e descubra mais: O Mundo e Suas Histórias .

Artigo escrito por Rodrigo Pontes, da página O Mundo E Suas Histórias .

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